A ASES é uma associação de escritores da cidade de Santa Rosa / RS. Fundada em 16 de março de 2001 contribui significativamente para a cultura e a literatura de Santa Rosa e Região.

terça-feira, 18 de maio de 2010

INFORMATIVO ASES MAIO 2010

INFORMATIVO ASES MAIO 2010




ASES realiza várias atividades.

Nos meses de Abril e Maio a ASES realizou com muito sucesso o lançamento de dois livros (coletâneas), um sarau cultura e ainda colaborou com a organização e com a realização de várias das atividades da 6ª SEMANA MUNDIAL DO LIVRO. A SEMANA MUNDIAL DO LIVRO foi abrilhantada pelo lançamento da coletânea EXPRESSÃO LIVRE durante a abertura do evento dia 18/04 no Parcão quando foram distribuídos gratuitamente mais de 100 exemplares. No dia 23 foi realizado no teatro do SESC o SARAU CULTURAL EXPRESSÃO LIVRE. Com o teatro lotado a comunidade pode curtir um evento integrando musica, literatura, teatro e artes plásticas.

Na 18ª FENASOJA ,realizada de 31/04 à 09/05, a ASES fez o lançamento de uma coletânea temática envolvendo a relação do homem com o campo, as raízes coloniais de nosso povo, tendo obtido grande sucesso entre os visitantes e sendo a entidade muito prestigiada durante o evento no estande que foi mantido todos os dias de duração da feira.



Eleições.

As eleições para renovação do conselho fiscal e diretoria estão marcadas para o dia 04/06 uma sexta-feira com primeira chamada para as 17:45 e segunda chamada para as 18:00 horas em assembléia a ser realizada nas dependências da biblioteca publica municipal Olavo Bilac. Também anuncio publico da criação do Conselho Consultivo de Ex-presidentes, entrega das carteirinhas aos associados com anualidade em dia e dos blocos da ação entre amigos que será realizada pela entidade.



Projeto Inclusão

Tendo sido aprovado pelo Fundo Municipal de Cultura o projeto de inclusão cultural de PPDs (Pessoas Portadoras de Deficiência) a entidade constituiu a seguinte comissão para conduzir o trabalho: Magnus Langbecker, Jaime Perin, Maria Inez Flores Pedroso, Jair Ciekalski e Jackeline Goulart.



Autor do mês:

Raul Bopp.

Raul Bopp nasceu em Tupanciretã, RS, em 1898. Num primeiro momento de algum movimento literário, um poeta, para ter sua importância reconhecida, tem de escrever a partir do conteúdo programático que quer ser estabelecido de acordo com as necessidades do momento. Para a permanência futura, entretanto, sua poesia tem, justamente, de conseguir escapar aos limites momentâneos da vanguarda, movimentando-se e adquirindo nova vitalidade com o passar do tempo — se não for assim, ela corre o risco de se manter apenas como peça histórica. O modernista Raul Bopp, levando ao extremo o projeto indianista do romântico Gonçalves Dias, manifestando o mítico através de lendas orais amazônicas, escreveu um dos livros mais modernistas e autenticamente brasileiros do período; dele, já foi dito, inclusive, ter sido um dos precursores da etnopoesia do século XX. Mas não é só isso: ele soube juntar tal material às inovações cubistas, freudianas, marxistas, antropológicas etc. Sua ‘Poesia Completa’, lançada relativamente há pouco tempo, é uma ótima ocasião para comprovar a excelente qualidade não apenas de ‘Cobra Norato’ (seu livro mais famoso) mas de toda sua obra. Morreu no Rio de Janeiro em 1984.



Monjolo
Chorado do Bate-Pilão


Fazenda velha. Noite e dia
Bate-pilão.


Negro passa a vida ouvindo
Bate-pilão.


Relógio triste o da fazenda.
Bate-pilão.


Negro deita. Negro acorda.
Bate-pilão.


Quebra-se a tarde. Ave-Maria.
Bate-pilão.


Chega a noite. Toda a noite
Bate-pilão.


Quando há velório de negro
Bate-pilão.


Negro levado pra cova
Bate-pilão.


Coco de Pagu


Pagu tem os olhos moles
uns olhos de fazer doer.
Bate-côco quando passa.
Coração pega a bater.


Eh Pagu eh!
Dói porque é bom de fazer doer.


Passa e me puxa com os olhos
provocantissimamente.
Mexe-mexe bamboleia
pra mexer com toda a gente.


Eli Pagu eh!
Dói porque é bom de fazer doer.


Toda a gente fica olhando
o seu corpinho de vai-e-vem
umbilical e molengo
de não-sei-o-que-é-que-tem.


Eh Pagu eh!
Dói porque é bom de fazer doer.


Quero porque te quero
Nas formas do bem-querer.
Querzinho de ficar junto
que é bom de fazer doer.


Eh Pagu eh!
Dói porque é bom de fazer doer.

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